sábado, 7 de maio de 2011

Elementar - parte 1 de 6 "Morte e descoberta"

Meu avô sempre me falou dos dragões elementares, suas historias, suas batalhas, seus poderes, e principalmente sua importância, eram eles que conseguiam deixar o mundo em perfeita harmonia, então você se pergunta, harmonia? Sim, harmonia, eles conseguiam administrar o mundo de uma forma que todos ficassem bem, em paz, em suas casas, e vivendo os seus destinos, mas em certas vezes os dragões desapareciam e tudo começava a mudar sua rota, uma coisa boa virava algo ruim, e principalmente todo  planeta entrava em desordem, tanto nos aspectos humanos quanto físicos, tudo se transformava em caos. E é sobre o começo dessa historia que eu vim aqui, eu vou esclarecer tudo sobre o que aconteceu, exatamente tudo, e principalmente tudo que eu tive que fazer.
Eu estava esperando o horário de visita pra conseguir ver o meu querido avô que estava internado, ele era praticamente meu único amigo, eu tinha quinze anos e nunca fui muito sociável, ou simplesmente eu não gostava das mesmas coisas que os meus “colegas” gostavam.
Meu avô tinha sido atropelado por um carro assim que saia de sua loja, uma loja velha de antiguidades, onde eu transformava no meu mundo particular lá existia de tudo. Minha família naquele dia não estaria visitando o meu avô, pois todos estavam mais preocupados com outra cosia, seus dinheiros, enquanto eu com minha família.
A enfermeira me levou até a porta do quarto e dali me mandou seguir para perto da cama, eu apenas não podia tocá-lo, o estado do meu avô era realmente degradável, ele estava cheio de bandagens, com algumas feridas, bancadas, e um das pernas e um braço engessados, respirava com a ajuda de aparelhos, mas ainda estava vivo, então eu fui para o seu lado.
- Vô? – era assim que eu o chamava.
- Oh, Victor, meu neto. – ele tentou sorrir e deu um leve gemido de dor.
- Não, vô, não se preocupe, eu só vim ver se estava tudo bem com o senhor. – eu sorri.
- Meu querido neto, não está nada bem, e não só comigo, e você precisa me ajudar, eu não tenho muito tempo, para falar a verdade... – ele tossiu - ...Eu não tenho tempo nenhum.
- Do que você está falando vô? – perguntei assustado.
- Eles viram atrás de mim Victor, as sombras, eu não terei mais vida, eu preciso que você assuma o meu posto, eu preciso que você encontre o livro em minha loja, encontre o livro, abra os portais, ache os dragões, salve o mundo. – ele tossiu mais forte desta vez.
- O que você está querendo me dizer vô? – eu estava comendo a fica nervoso, o medo fluía de mim com muita facilidade, eu via o espanto nos olhos do meu avô.
- Você tem que salva a todos Victor, você é o meu escolhido, eu sei que você saberá o que fazer, pois é uma necessidade. – ele falou quase como um sussurro.
- Mas o que eu terei de fazer? – perguntei querendo que tudo aquilo acabasse.
- Spark ira lhe ajudar, mas primeiro você precisa acordá-lo, com doces meu filho, com doces. – ele falou sorrindo.
- Quem é Spark? – eu perguntei ficando muito mais confuso.
- Na loja, tudo está na loja, agora corra, eu já não tenho mais tempo, corra! – ele me falou assumindo um tom de voz que chegava a me dar calafrios.
- Mas vô... – tentei falar, mas fui interrompido.
- Corra Victor! – ele ordenou, então eu corri.
Comecei a correr, mas não tão rápido o suficiente para ver o que estava acontecendo, os batimentos do meu avô começaram a parar, sua respiração parou, logo após tudo isso algo muito estranho aconteceu, seu corpo começou a ter convulsões e de sua boca saiu uma fumaça negra que ia tomando uma forma estranha, até que junto com essa fumaça um sósia do meu avô mais brilhante e transparente apareceu e eu não fiquei tempo suficiente para ver o que aconteceria.
Sai correndo do hospital para as ruas movimentadas de Londres, pessoas começaram a me olhar e eu me encaminhei para a velha loja do meu avô, não ligando para nada, apenas para o caminho a qual eu tinha que seguir.
Demorou poucos minutos até que cheguei na loja, estava trancada, mas eu tinha uma chave comigo, pois eu algumas vezes na semana abria a loja, tirei a chave do meu bolso e abri a porta, o ar abafado da loja foi jogado em meu rosto com muita força, a poeira pairava o ar, os artefatos antigos estavam todos arrumados, mas eu tinha que achar apenas um, mas para isso teria que achar um tal de Spark, quem ele era, eu não sabia, não sabia nem se existia, ou se tudo era mesmo verdade, mas eu desconfiava que algo grande estava acontecendo.
Procurei toda a loja por esse tal de Spark e não achei nada, então eu subi para a casa do meu avô que era em cima da loja, quando cheguei lá logo vi uma carta, eu não sabia do que se tratava, mas eu devia ler, e por incrível que pareça era do meu avô para mim.
 Querido Victor,
Escrevi essa carta pois eu preciso lhe explicar o motivo por qual a sua vida mudara de ponta cabeça, exatamente quando você ler está carta. Quando você começar eu já estarei morto, eles estão me perseguindo, pois eu sou a harmonia dos dragões, eu sou o guardião das pedras dos dragões elementares, as criatura mais exuberantes da face da terra, eles controlam o mundo, mas eu sou necessário para controlar seus poderes, deixar todos eles viverem em perfeita harmonia, ou tudo isso era possível até a rebeldia das sombras, e agora elas estarem tentando destruir todos os mundos, de todos os dragões, e principalmente afetar a harmonia, e você é o único que pode impedir, você sendo o meu herdeiro de sangue mais qualificado pode salvar a harmonia do mundo, você pode ser a harmonia, controlar os poderes dos dragões com suas lindas pedras, mas você necessita pegar essas pedras com casa um dos 5 dragões elementares, são eles, fogo, água, natureza, terra, ar; sua missão meu querido neto é conseguir todas as pedras e junta-las no amuleto que jaz dentro do livro mágico que está na biblioteca da loja, o nome do livro é Elemintier, apenas o nome é assim, mas ele é todo em nossa língua, eu tive o prazer de traduzi-lo, mas para você conseguir abri-lo você precisa de Spark o meu fiel escudeiro, ele deve está escondido dormindo em algum lugar em meu quarto, o procure entre as fronhas, ele sempre está ali, e não se esqueça eu sempre estarei com você, e nunca tenha medo dos perigos, você é maior que eles.
Força, seu querido avô.”
Assim que eu acabei de ler a carta eu corri para o quarto, eu precisava mais que nunca achar Spark agora todas as historias sobre dragões do meu avô faziam todo o sentido, eles realmente existiam, e eu tinha que achá-los.
Quando abri a porta do armário de roupas de cama um pequeno dragão azul, com pequenas asas azuis transparentes numa parte de couro, com chifres miúdos em sua pequena cabeça, dormia ali.
Eu pensei no que meu avô disse, eu tinha que acordá-lo mais a única maneira era com doces, ele não se referiu a isso na carta, mais sim no hospital, nos seus últimos momentos de vida, foi apenas pensar nisso que uma lagrima caiu do meu olho, apenas uma, apenas de um olho, então a tristeza começou a me abater, mas eu não podia deixar, eu tinha que ser forte, tinha que agüentar para enfrentar tudo, tudo que meu avô queria, então limpei a lagrima e olhei para o dragão, tirei uma bala doce que eu tinha em meu bolso abri suavemente sua boquinha e a botei ali, e não demorou nem alguns milissegundos para ele acordar, abrir aqueles lindos olhos azuis safira.
- Olá? – perguntei a Spark o pequeno dragão.
- Você deve ser o Victor, então vamos direto a biblioteca, o mundo não pode esperar apresentações formais, nós temos que ser rápidos, vamos. – então ele levantou voou e foi voando em direção a biblioteca da loja.
Eu acompanhei Spark correndo pelas escadas, quando entrei na biblioteca apenas conseguia ver o brilho que ele produzia no escuro, de um lado para outro, ele se movimentava muito rápido, era como uma mosca, até que eu vejo um livro grosso e que parecia muito pesado caído sobre o chão, me aproximo, leio rapidamente o titulo: Elemintier. Eu o abro vagarosamente, tocando nele ele não parecia tão velho e tão pesado.
Assim que olhei em seu interior o amuleto estava lá, eu o peguei e segurei em minhas mãos e comecei a passar as paginas do livro, existiam magias e mais magias, eu não conhecia nada sobre elas, então Spark falou:
- Você terá que abrir os portais. – ele olhou para mim.
- E como eu faço isso? – perguntei.
- Tudo tem no livro. – ele me respondeu indicando com a pequena cabeça o livro em minhas mãos.
- Você pode me mostrar? – perguntei olhando para o livro.
- É claro, eu estou aqui para lhe ajudar, mas abrir os portais apenas você pode conseguir.
- Você vem comigo pelo menos? – eu perguntei sentindo toda a pressão que estava sobre mim.
- Claro sou seu escudeiro. – ele sorriu – Vamos começar?
- Sim, vamos, eu me sinto preparado. – e realmente me sentia, eu sabia que a força do espírito do meu avô estava junto a mim, ele nunca iria me abandonar.

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