Sua energia vital entrava pela minha boca, eu sentia puro prazer ao sentir o calor se espalhando pelo meu corpo devido aquela captura, ou alimentação, quando aquele fio azul sumiu eu soube que para aquela linda mulher de cabelos loiros havia morrido, passei suavemente o dedo por seus lábios.
- Você era tão linda, não tivemos tempo se quer de conversar. – eu falei sussurrando.
Me levantei da cama, vesti minha roupa e sai, deixei o corpo da mulher ali, sozinha, fria, morta. Eu não me importava muito, ninguém conseguia descobrir o que havia acontecido, e todos achavam que a causa da morte seria alguma parada cardíaca ou algo do gênero, mas nunca era, sempre era eu, ali matando uma por um, mas antes garantindo o meu prazer.
Eu comandava as noites de LA, tudo que acontecia eu sabia, eu conhecia todos, mas ninguém me conhecia, com todo o dinheiro que eu tinha eu comprei a maioria das boates do lugar, me tornei cada dia mais rico, e cada dia mais escondido, apenas pelo nome, pois todas as noites eu saia, eu caçava, eu liberava meu espírito.
Eu me sentia revigorado, e agora eu sabia que poderia me divertir sem perigo, um incubus não vive apenas de sugar a energia vital, mas sim do prazer, e eu precisava do prazer, naquele momento.
Meus cabelos brancos e longos estavam soltos e voavam ao vento quando eu estava para chegar a boate, meu corpo todo se contraiu de desejo quando eu escutei a musica, vi as luzes, sorri para as mulheres, uma era mais bonita que a outra, e cada uma podia me proporcionar um prazer diferente, e eu queria experimentar todos eles.
Deixei meu carro na minha vaga de dono, pois aquela ali todos me conheciam, era a minha primeira e a que mais me dava lucro. Eu entrei e o foco de todas as mulheres se direcionaram a mim, elas me queriam tanto quanto eu as queria, então eu me aproximei de uma, ela era morena, alta, magra, quando a virei eu olhei dentro de seus olhos e sorri.
- Qual o seu nome? – usei o meu poder de persuasão, eu poderia ter tudo que eu quisesse quando eu quisesse com esse poder.
- Meu nome é Ângela. – ela sorriu e seus olhos faiscaram – E o seu? – ela me perguntou sorrindo.
- Meu nome é Judas, porque não se junta a mim? – eu perguntei sem usar o meu poder, eu sabia que tinha uma beleza natural, não precisava disso muitas vezes.
- Claro. – ela sorriu e segurou minha mão. – Vamos dançar?
- Para começar, depois tenho coisas melhores a fazer. – eu sorri maliciosamente.
- Eu também, e são com você. – tudo que eu precisava escutar, porque será não?
Gargalhei alto e puxei Ângela para a pista de dança.
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