terça-feira, 3 de maio de 2011

Killer - parte 1 de 3 - "Infância"




Antes de tudo começar, antes de todo o sangue derramado, antes de eu me tornar um serial killer, eu tive uma infância, ou melhor um tormento, até hoje acho que é por conta disso que me tornei o que sou, nunca quis, mas sempre foi minha sina, sempre foi meu destino, se tinha que ser assim, foi, e o começo não foi uma das melhores partes, eu sofri muito, e fiz muitos sofrerem, e aqui apresento a vocês minha historia, meu nome é Lugo e tudo começa assim...

Eram nove da manhã, do dia 2 de maio de 1981 quando eu fui entregue na casa dos meus pais adotivos, e tinha 5 anos, e era meu aniversario, ou melhor o dia que eu mais sofria. Na verdade eu estava fazendo 5 anos, e eu não comemorava isso, ou achava legal, simplesmente não fazia diferença, apenas a noite eu chorava, mas isso no orfanato, na casa do senhor e da senhora Mclunger seria diferente, eu tive um aviso prévio sobre o quão rígidos eles eram com os filhos, e que todos os que foram para lá se tornaram soldados, generais, majores, e etc.

O senhor e a senhora Mclunger eram altos, ele, tinha cabelos negros, mas com a parte de cima da cabeça careca, olhos grandes e negros, era magro e meio curvado, ela era magra, com cabelos grisalhos presos num nó, olhos negros e um sorriso amarelo. De um jeito ou de outro eles se pareciam, e algum lugar, mas se pareciam, eles não pareciam um casal unido e feliz, mas assim mesmo estavam juntos, naquela casa grande e escura, em algumas partes fedorentas, em outras ou na maioria assustadora, o meu quarto era o quarto ao fim do corredor, era escuro e pequeno havia apenas uma pequena mesa e a cama, o armário era debaixo da pequena mesa. Eu ficava ali a maioria do tempo, mas eu podia ver a rua pela pequena janela, eles nunca me deixavam sair, diziam que era uma questão de crescimento, ficar jogando bola com aqueles mongóis não séria muito útil, mas eu queria sair, queria me divertir, mas nunca podia.

Eles me tratavam como um animal, me davam lavagem para comer, meu banho era na água suja do poço, não escovava os dentes, eu tinha 5 anos e vivia sendo maltratado apanhava, levava surras e mais surras, eu fui crescendo e ficando cada dia mais solitário, casa dia mais raivoso, cada dia mais estranho.

Dois anos se passaram na mesma ladainha, mesma historia de sempre, mesmo hábitos, eu tinha sete anos e sabia tudo sobre sexo, drogas, bebidas e tudo que não prestava, eles fizeram questão que eu soubesse tudo, diziam que era o grande mal, eu já não tomava banho a alguns dias, estava ficando com muitas frieiras, e aquela água suja usada apenas em mim não servia de muita coisa.

Meus cabelos estavam grandes, eles eram lisos, e caia abaixo de meu ombro, eu tinha apenas uma coisa para conversar, um boneco de pano, eu mesmo sabendo as coisas grotescas do mundo ainda tinha minha inocência, que a cada dia ia sendo substituído por um instinto sórdido, um instinto nojento de matar, de querer ver a morte, de querer sentir, eu queria descontar todo o meu ódio em alguém, agora eu já vivia muito excluído, não saia nem para olhar a janela, muito menos para ir fazer algo na rua a mando dos meus tutores, que mais se saiam como torturadores.

Essa era minha vida até eu descobrir, e ver algo muito grotesco, um dia a senhora Mclunger saiu para a feira e me permitiu tomar banho com a água limpa, me mandou me arrumar todo, porque ela já não agüentava mais o meu fedor e minha aparecia, eu tomei um demorado banho, tirei todo o meu fedor, não estava cheiroso, mas estava normal, sem odores, visto uma bermuda, uma camiseta e vou para meu quarto quando escuto alguém entrar na casa, vou até a escada e vejo que uma mulher jovem está na casa junto ao senhor Mclunger ela está falando algo para ele, ela vem subindo as escadas, e minha única reação é correr em direção ao quarto dos Mclunger, eu me escondo no grande armário da senhora Mclunger, e para minha surpresa o senhor Mclunger e a mulher entram no quarto, eles estavam se beijando ferozmente, ele a joga na cama e rasga suas roupas, ela fica nua, seu corpo era delineado, tinha curvas, nenhuma barriga, seios firmes, e pernas grandes, seus cabelos loiros estavam espalhados pelo colchão, ele tirou as roupas e foi para cima da mulher, o armário era em frente a cama, eu podia ver tudo, então começou, ela abriu as pernas e ele com ferocidade enfiou o pênis em sua vagina, ela começou a gemer, e ele fazia breves ruídos de respiração, ele fazia com força, ela arranhou suas costas, e deu um rápido grito, ele tapou sua boca com a mão, depois tirou, ele tirou o pênis da vagina a mulher e ele estava coberto por um liquido branco, assim como saia pequenos fios do mesmo liquido da vagina da mulher.

- Chupe! – o senhor Mclunger mandou a mulher chupar o seu pênis, ela rejeitou um pouco, mas ele a puxou pelos cabelos, e a fez chupar, tirando todo aquele liquido branco e depois de um tempo o liquido apareceu de novo, mas agora no rosto da mulher e tinha saído do pênis do senhor Mclunger, aquela cena me enojou.

Não acabou por ai, ele a puxou para um beijo e suas salivas se misturavam com aquele liquido, o vomito subiu a minha garganta, mas retornou, ele a jogou na cama e a virou, de modo que ela ficou com a bunda para cima, ele enfiou o dedo em seu ânus e logo após o pênis, ela agora dava leves gritos e fortes gemidos.

- Pare! – a mulher gritou, mas de nada adiantou, o senhor Mclunger ainda penetrava seu ânus com toda a sua ferocidade, ela gritava agora, segurava com força a fronha da cama, mas nada adiantava, até que ela gritou tanto que o senhor Mclunger parou.

- Você está louca sua puta? – ele perguntou cerrando os dentes, ele segurava ela pelo pescoço com apenas uma mão.

- O louco aqui é você, eu não deixei você foder meu cu! – ela tentou se livrar do aperto do senhor Mclunger, mas não conseguiu.

- Eu fodo o que eu quiser entendeu, sua puta? – ele gritou, agora com a boca perto da boca da mulher.

- Não é assim velho louco! – ela gritou se afastando, ou pelo menos tentando.

O senhor Mclunger não segura a raiva e joga a mulher na cama novamente, ela bate a cabeça no criado mudo e fica desfalecida, ele a puxa mais para perto e começa a enfiar seu pênis novamente em sua vagina agora com mais força, a cama rangia e balançava, ela não emitia um som, estava imóvel, ele fazia um som alto ao bater virilha com virilha, devido a força, até que ele geme e tira o pênis da vagina da mulher e o seu pênis está coberto de sangue, e do liquido branco, ele se desespera, tenta limpar na fronha e acaba melando toda ela, da vagina da mulher sai muito sangue, e o liquido branco muito pouco.

- Que merda! – ele fala tentando limpar, mas melando tudo.

A mulher estava deitada na cama, não demonstrava nada, e quando olhei com mais atenção vi que saia muito sangue de sua cabeça, de repente ela acorda e assusta tanto o senhor Mclunger quanto eu, ela não falava, mas conseguiu olhar para o senhor Mclunger assustada, até que:

- Não, pare, por favor, pare! – ela falou implorando – Se não todos irão saber!

Essa foi a gota d’água para o senhor Mclunger, ele a olhou com fogo nos olhos, subiu em cima dela, e começou a enforcar-la, as mãos da mulher tentaram bater no senhor Mclunger mais ele estava as prendendo com as pernas, ela agora não conseguia falar, seu rosto estava ficando roxo, ela não ficava com os olhos parados em um lugar, até que eles se reviraram e ela já não se mexia ou fazia coisa alguma, ele ainda passou alguns momentos a enforcando, mas ela estava morta, eu vi com meus próprios olhos, e a sensação que me deu foi de prazer, não o sexo, mas sim a morte, e a cena perfeitamente planejada, foi tudo mágico para uma primeira vez, mas ao mesmo tempo perturbador, eu não podia ver aquilo e deixar impune, tinha que ter algum controle da situação, para sete ano eu era muito esperto, tinha a inteligência de crianças muito mais velhas que eu.

- Pare! – eu gritei saindo do armário da senhora Mclunger e apontado para o senhor Mclunger, ele ainda em cima da mulher olhou para mim e seus olhos se arregalaram.

- O que você está fazendo aqui seu merda? – ele grita e desesperado sai da cama ainda pelado corre em minha direção, me joga no chão, eu caio de cara no chão, meus músculos começam a doer.

- Me deixe em paz! – grito, sentindo o senhor Mclunger tirar minhas calças, ele bate na minha bunda e eu sinto uma dor sem igual – O que você vai fazer? – grito desesperado.

- Cale a boca moleque, você não vai nem sentir! – ele fala ficando em cima de mim, ele ia me estuprar.

- Não faça isso! Ou eu contarei a todos o que você fez! – eu gritei, ele me virou e ficou em cima de mim assim como ficou antes de matar a mulher, suas mãos estavam indo para meu pescoço, quando sem motivo algum ele para e me olha nos olhos, eu vi ali a oportunidade de tentar fugir.

Próximo a mim havia um pequeno jarro e nele uma pedra eu a peguei e joguei no rosto do senhor Mclunger que parecia estar em transe, ele sai de cima de mim e cai para trás, eu me levanto e pego outra pedra, ele me olha.

- Você viu tudo? – ele me pergunta, apertando agora a ferida em sua testa.

- Vi, e se você tentar algo comigo, eu conto tudo, tudo que eu vi! – eu falo o ameaçando.

- Me desculpe Lugo, eu não queria tentar nada com você. – ele falou olhando para mim, deixando agora seu sangue escorrer.

- Não foi o que pareceu! – eu gritei.

- Eu estava perturbado, me desculpe, por favor! – ele estava chorando, estava ajoelhado no chão, com o sangue a as lagrimas escorrendo.

- Prometa que nunca mais fará nada comigo! – eu ordenei.

- Eu prometo Lugo, eu prometo, me perdoe! – ele estava totalmente desesperado, estava banhado em sangue, pelado, e um cheiro asqueroso vinha dele, o corpo da mulher estava na cama, totalmente morto – Me ajude Lugo, sua mãe não pode ver o que aconteceu aqui, ou saber de nada.

- Então eu contarei a ela! – eu falei, via li uma chance de poder ganhar alguma coisa perante a situação.

- Não por favor Lugo! – Le falou chorando mais e mais – Eu imploro, por tudo que seja mais sagrado nessa merda de vida, não conte a ela!

- Eu não contarei, mas se algo acontecer comigo, eu contarei e você terá que arcar com as conseqüências! – eu gritei.

- Sim eu arcarei, não me importo! – ele falou.

- Vamos limpar tudo isso, se levante. – eu o ajudei a se levantar.

Arrumamos tudo o senhor Mclunger estava pálido, não falava nada, nem olhava para nada, tinha um olhar vazio, embalou o corpo da mulher nos lençóis sujos, limpamos o chão, quando tudo estava limpo, o corpo da mulher jogado ao rio que passava atrás da casa o senhor Mclunger foi tomar um banho.

Algumas horas depois agimos como se nada tivesse acontecido quando a senhora Mclunger chegou, voltou tudo a ser como era antes, pelo menos externamente, pois dentro de minha cabeça se passava muitas coisas, que só os anos poderiam curar, ou apenas piorar.

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