terça-feira, 3 de maio de 2011

Outro mundo - parte 3 "Abrigo"

Quando me aproximei da casa um calor me inundou, eu senti necessidade de tirar todos os agasalhos, eu comecei a suar em meio ao gelo, a porta estava fechada, toquei a maçaneta e a girei, trancada. Então decidi bater na porta.

Bati muitas vezes até que escuto as trancas sendo tiradas, a porta se abre e lá encontro algo que nunca esperei encontrar, ou pelo menos tanta beleza. A minha frente um homem, alto, forte, com cabelos longos e loiros que chegavam a brilhar, olhos verdes como as plantas e a pele branca, sorriu para mim.

- Quem é você? – ele me perguntou.

- Sou Anna, você pode me ajudar, por favor? – perguntei sorrindo.

- Claro Anna, entre, vamos. – ele abriu espaço para eu entrar.

Entrei na casa, que por fora para pobre, mas por dentro era enorme, cheia de portas, lugares, e linda, brilhante e aquecida, logo cheguei a conclusão que a casa poderia ser alguma coisa mágica, ou não. O homem indicou um sofá, eu me sentei, era feito de pele macia de animais, era muito confortável, ele me ofereceu uma xícara, e eu logo aceitei.

- Então o que faz aqui Anna? – ele me perguntou dando uma bebericada na sua xícara.

- Eu não sei, eu vim parar aqui, como eu não faço idéia. – eu respondi falando a verdade.

- Podem ter sido as bruxas, você tem algum problema com elas? – ele me perguntou tomando um pouco de distancia.

- Não, eu nem as conheço, eu só peço que não me pergunte como vim parar aqui, pois eu não sei. – eu resolvi o problema.

- Sem problemas, mas que mal educação a minha, o meu nome é Pooh. – ele estendeu a mão.

- Prazer, e ao mesmo tempo obrigado, Pooh. – eu apertei sua mão, mas ele levou a minha aos seus lábios e deu um suave beijo, senti minhas bochechas corarem.

- O prazer é meu, Anna. – ele sorriu – Você sabe pelo menos onde está? – me perguntou rindo, e dando uma leve bebericada na sua xícara.

- Não, eu acho que vim de outro mundo, tenho quase certeza. – ele gargalhou, acho que pensou que fosse uma piada – Porque a risada?

- Porque isso não pode ser possível, simples.

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