sexta-feira, 13 de maio de 2011

Elementar - parte 2 de 6 "Fogo de pedra"

Quando achamos a magia que abriria o primeiro portal tivemos que procurar o seu recipiente, e no livro dizia que era uma pequena chave com uma chama encravada, eu e Spark estávamos realmente perdidos, se ele não sabia imagine eu.
Então foi nesse momento que eu percebi o quão idiota eu era, era apenas uma chave, então eu tirei a que eu tinha, e ela era como a da descrição, tinha uma pequena chama vermelha encravada, eu nunca tinha reparado o quão lindo aquilo era, se bem que eu nunca tinha reparado com muita atenção naquela chave.
- Achei Spark! – gritei sorrindo quando analiso a chave.
- Era a sua chave o tempo inteiro? – ele me perguntou embravecido.
- Era, e eu sei sou um idiota, nem precisa falar nada. – e então ele segurou a raiva em suas bochechas e se calou.
Eu e Spark voltamos ao livro, lá dizia que teríamos que acender a chama, aquela pequena chama da vela viraria uma chama de verdade, e se ela se apagasse ficaríamos presos no mundo da chave para todo o sempre, ou até alguém ir e abrir o portal novamente, eu realmente fiquei com muito medo, então botei e chave atrás do balcão onde nenhum vento conseguiria apaga - lá, e ai começou a parte mais complicada.
O livro dizia que eu teria que acender primeiramente a chama interna que eu possuía para depois tentar acender a chama da vela, e isso com toda certeza seria muito difícil. Eu me sentei em frente a chave e tentei acender o que quer que houvesse em mim, mas eu não senti nada, nada que eu pudesse sentir queimar acontecia, então eu parei por um momento.
- Spark eu realmente acho que não sou eu. – eu falei quase desistindo.
- Claro que é você, eu posso sentir isso. – Spark falou pousando em minha cabeça – Força Victor, apenas se concentre o resto flui.
Então eu fechei os olhos e esqueci o mundo, e tudo começou a fluir assim como a felicidade quando está crescendo eu senti algo crescer e muito dentro de mima, até que eu me sentia incendiado por uma coisa que me dava energia para vencer qualquer coisa, qualquer desafio, eu sabia que podia acabar com qualquer um. Então eu inconscientemente estendi as mãos e ao ouvir um grito de alegria de Spark eu abri os olhos, então eu pude ver, da chave uma grande chama fluindo, ela chegava a minha altura, e dentro eu via um lugar com pedras e vapor saindo da terra.
- Que lugar é esse? – perguntei a Spark observando o lugar com mais atenção.
- É a morada do dragão elementar do fogo. – ele falou calmamente.
- E nós entrar ai? – eu perguntei.
- Claro.
Então eu entrei, e na mesma hora que eu atravessei a chama o calor me abateu, o lugar era bonito mais quente, era cheio de rochas vulcânicas, e o vapor brotava do chão, muito perto de nós existiam dois grandes vulcões, e entre eles uma grande e bela porta.
- Temos que ir ali não é? – perguntei esperando pela confirmação.
- Sim, mas antes nós temos que passar pelos soldados do dragão, e para isso você terá que me usar. – ele falou voando em frente ao meu rosto.
- Como assim eu te vou usar? – eu perguntei.
- Eu serei sua arma Victor, eu me transformo em uma armadura, fazendo com que você adquira poderes. – ele sorriu.
- Então faça logo isso eu quero me livrar dessa parte. – então ele se agarrou na minha roupa onde ficava o local do meu coração e explodiu em luz.
Agora eu estava com uma armadura leve e brilhante, ela não parecia tanto com uma armadura, mas era assim mesmo, eu não consegui ver detalhes mais ela cobria todo o meu corpo, e ainda tinha um capacete que cobria toda a minha cabeça e a frente era a grande boca de um dragão.
- Vamos a luta? – eu perguntei.
- Sim. – recebi a resposta de Spark mentalmente.
Então eu não esperei comecei a correr em direção a porta do castelo, e quando eu estava me aproximando, mais ou menos cinco grupos de rochas vulcânicas tomarem forma, eles viraram grandes guerreiros de rocha que suas ligações de rocha com rocha era uma larva que descia e caia pelos seus dedos, eles tinham um sorriso torto e malicioso no rosto.
- Vamos brincar. – eu falei sorrindo e deixando a armadura tomar conta do meu corpo e em alguns instantes eu sabia o que fazer.
O poder que a armadura Spark tinha era de luz, então era luz para todos os lados, meu corpo dava golpes rápidos e fortes, fazendo os soldados caírem com tanta força.
O primeiro soldado eu lutei corpo a corpo e acertei com um chute o seu coração, ou o órgão que ficava pulsando larva para tordo corpo, e ele logo voltou a ser uma pilha de rochas. O segundo eu soltei um raio de luz em sua cabeça ele caiu para trás e eu pulei em seu peito projetei uma lamina de luz e enfiei no órgão “coração”, o terceiro eu não precisei encostar, fiz uma bola de energia e joguei em sua direção,a  bola explodiu bem em seu peito, deixando lá uma flecha cravada. O quarto me acertou um murro de surpresa e eu cai, mas não deixei barato, pulei em cima de sua cabeça e a arranquei com um puxão, ele caiu em uma pilha de pedras. O quinto não foi tão amigável e eu não me aproximei tão rápido, me assustei um pouco com o que ele falou.
- Você é muito bom para um iniciante, mas nada ira adiantar, o mestre não lhe dará a pedra, ele nunca dá, apenas para aquele velho, mas ele nunca dá, você morrera mas não irá receber a pedra. – ele falou com uma voz rouca e cortada.
- É isso que vamos ver, feioso. – corri em sua direção mais algo me fez parar, parei rápido demais e cai no chão.
O quinto guerreiro estava de alguma forma fazendo as rochas dos outros se unirem ao seu corpo, e iam formando um guerreiro maior e maior, até ele atingir uns três metros, e parecer muito mais ameaçador.
- É eu desconfiei que estava fácil demais. – falei me levantando e olhando para o guerreiro.
- Nunca é fácil, garoto. – então ele começou a me atacar.
Seus movimentos ainda eram lentos, mas fortes o suficiente para me jogarem no chão assim que ele encostava em mim, ele bateu muito e eu cai muito para começar a aperceber que seria impossível atingir o seu peito a não ser que eu tentasse algo muito difícil. E eu tentaria.
Corri em sua direção, sua mão foi jogada contra mim eu pulei e consegui me desviar, sua outra mão foi jogada, dessa vez eu me abaixei e ele não em atingiu, corri mais e pulei em cima do seu ombro, mas não por tempo suficiente, pulei par ao outro antes de ele atingir o ombro onde eu estava antes com uma forte palmada, e quebrar todo o ombro, então o seu braço caiu, o outro ombro foi a mesma coisa mais ele não hesitou e se jogou de cabeça no chão, e sua cabeça era onde eu estava, então eu pulei em suas costas e espalmei minha mão no lugar traseiro onde se localizava seu “coração”, então soltei um canhão de luz, ele explodiu em muitas pedras.
- É não foi tão difícil. – eu falei sorrindo.
- Corra Victor, corra para os portões! – eu ouvi em minha mente Spark gritar, e não cogitei ficar parado.
Eu corria com toda a minha força, mexia minhas pernas o mais rápido possível, eu precisava entrar nos portões, e naquele momento eu vi o porque, eles estavam se fechando, é como se os guerreiros fossem a chave, então eu botei minhas mãos para trás e soltei o raio de energia mais forte que eu pude, ele me jogou a muitos metros de distancia, cai no chão, dei algumas cambalhotas e voltei a correr, agora faltara alguns pouquíssimos passos dos portões, quando eu me jogo e vou escorregando pelo chão liso de rocha até atravessá-los e ele se fechar por completo.
A sala era pequena e não tinha porta, mas tinha uma grande cama, acolchoada com um pano vermelho, e lá havia um dragão longo e vermelho que pegava fogo, ele se levantou e eu pude olhar dentro dos seus olhos de rubi.
- Olá novo guerreiro, já sei pra que tu vinhetes. – ele falou com uma voz forte e que queimava meus ouvidos – Não precisa argumentar, eu sei o que o mundo está passando, eu sei o que meu mundo pode passar e eu já lhe darei a pedra, mas com uma condição.
- Fale.
- Se eu sentir que essa pedra está sendo usada de uma forma proibida eu entrarei no seu mundo e o matarei, me entendeu? – ele perguntou bufando.
- Eu entendi e pode ter certeza que sua pedra será usada para o bem de todos os mundos. – eu falei com firmeza.
- Agora vá jovem, eu preciso descansar. – ele se aproximou de mim e com sua longa unha tocou minha testa, no mesmo instante eu sumi.
Apareci na loja do meu avô, olhando para a chave agora com a chama se apagando lentamente. Toquei o medalhão que estava em meu bolso e o tirei, lá num dos buraquinhos havia um linda pedra vermelha com uma chama acesa dentro, eu sorri alegremente e olhei para Spark agora deitado no balcão.
- Pronto para a próxima? – perguntei animado.

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