O dia estava lindo, era uma segunda-feira, eu estava sentando na varanda da casa, olhando para a floresta, era ali que eu entraria para a caça, na verdade eu estava descansando meu corpo e mente para a caça, eu precisava está bem, precisava está totalmente em paz, e precisava preparar o recipiente, não se pergunte o que é o recipiente, eu irei falar.
O recipiente é algo que usamos para aprisionar os espíritos que capturamos, podem ser vários, apenas botamos uma gota de sangue ali, não só a gota, mais uma certa inscrição, como um pedido de permissão, meu recipiente era uma caveira, como a que tínhamos, mas ela era muito amarelada, eu rezava para que o espírito que eu pegasse não se rebelasse muito, pois eu era muito nova acho que não conseguiria agüentar tanta pressão.
Arranquei uma planta do chão, era uma linda rosa vermelha, não sei como nascia ali, mas era perfeita, puxei fortemente o ar, sentindo seu cheiro, sorri, era bom sentir cheiros bons, mas eu sentia uma certa falta da cidade grande, das roupas normais, de tudo.
- Priet! – era minha avó, ela estava me chamando para dentro.
Corri para dentro da casa onde minha avó me esperava na sala, que possuía apenas dois travesseiros, muito confortáveis, eu olhei o local e já previ o que iria acontecer.
- Vamos Priet, venha meditar, você precisa controlar sua força. – ela me mandou sentar com as mãos.
- Certo. – me aproximei da minha avó, uma senhora muito bonita, pele morena, cabelos longos e cacheados de preto intenso, olhos verdes e profundos.
- Vamos começar? – ela perguntou sorrindo.
- Sim. – sentei-me e fechei os olhos, me concentrei na força a ser guardada e no meu poder para captura, a mão santa.
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